13.3.17

Recordando...José Carlos Ary dos Santos

Hoje, 13 de março, recordamos José Carlos Ary dos Santos com o poema "Cavalo à Solta".

Cavalo à Solta

Minha laranja amarga e dce
Imagem pesquisada no site "Agenda Cultural de Lisboa"
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.

Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente  gente certa.

Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.

Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr conta a ternura.

Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo ama amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do mendigo.

Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.






Quanto ao nosso jovem poeta, é o Rafael Raimundo, com o seu poema "Porque arde o amor?"

Porque "arde" o Amor?

Se "Amor é fogo
Que arde sem se ver",
Porque nos aleijamos
Quando começamos a arder?

O Amor é um prazer
Nós vivemos para o querer
E lutamos para o ter...
E isso é que é viver!

O Amor salva-nos da tristeza.
Sem ele, não éramos nada.
E, como costumo dizer,
"Amar não é maçada!"

Mas o Amor "arde"
"Arde" quando tem de ser.
Por isso tratamo-lo com cuidado
Para nunca, mas nunca o perder.

                  Rafael Raimundo
                  EB Alexandre Herculano

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