A partir da ilustração feita pelo Rodrigo Afonso, o Rafael Vieira imaginou a história...
O Gato Pataroco
O gato
Pataroco era um gato que gostava de viajar no tempo. Ainda não vos disse, mas o
gato Pataroco era muito especial, pois podia falar. Ele parecia estranho, mas
não gozem, pois as aparências não interessam. Como o Capitão América diz:
“Todos somos importantes”.
- Ó meu
Deus, tanto sossego! Estou farto disto! – dizia Pataroco a olhar pela vidraça
da janela.
Jonathan, o
seu vizinho, estava sempre a tentar animá-lo, embora não o conseguisse.
- Ei,
Pataroco! Sou eu, o teu vizinho, abre a janela!
- Não!
- Tenho uma
surpresa para ti!
O gato
Pataroco, assim que ouviu a palavra surpresa, foi rapidamente abrir a porta.
- Então diz
lá qual é a surpresa!
Ao longo
destes anos que somos vizinhos e amigos, nunca te consegui animar, mas hoje vou
animar-te! Tenho a certeza!
- Por quê?
- Porque o
que te trago pode mudar a minha vida e a tua!
- Huummm!
Duvido!...
- Abre a
caixa.
Pataroco
abriu, então, a caixa e ficou a olhar lá para dentro…
- Uau! O
que é?
- Não
adivinhas?! É uma máquina do tempo!
- O quê?
Uma máquina do tempo? Não acredito!
- Acredita,
amigo, é verdade! Podemos viajar para o passado e para o futuro.
- Bora
lá…vamos experimentar!
A máquina
bem pequena era uma bola com um botão vermelho.
- Então,
diz-me lá como é que esta máquina funciona!
- É fácil!
Agarramos na bola, clicamos no botão e dizemos o ano…
Pataroco
pegou na bola e disse:
- Quero
viajar 500 anos para o futuro…
Nada
aconteceu...Pataroco, já amuado, vai para a rua com Jonathan…
- O que é
isto!? Carros voadores!? Afinal funciona!!! – exclama Pataroco impressionado.
- Ei! Olha
para ali! – grita Jonathan apontando apara um prédio com mais de setenta
andares.
- Mas como
é possível? – perguntava Pataroco perplexo com tudo o que o rodeava.
Jonathan
pegou na máquina do tempo e disse:
- Ainda há
mais...leva-nos para o ano 711…
Mais uma
data…mais uma viagem…e o inacreditável aconteceu…
- Uau! Acho
que já estudei isto! – exclamou Pataroco.
- Claro que
já! É a invasão muçulmana na Península Ibérica.
- Uau!
Nunca esperei ficar tão feliz! Obrigado, meu amigo!
- Espera! Tenho
mais para te mostrar! Vamos até ao ano 1986…
E lá foram
eles, mas desta vez a emoção transborda dos seus corações.
O Pataroco
olhou à sua volta…
- Que
beleza! – diz Pataroco em voz baixa surpreendido por estar a ver a cidade onde
tinha nascido.
Mas mais
surpreso ficou quando, ao virar-se para trás, se viu com poucos meses de idade.
- Olá, bom
dia! – disse uma voz doce e amiga.
- Olá! Onde
estão os teus pais? – perguntou Pataroco.
- Estão em
casa!
- Obrigado!
– agradeceu Pataroco que, de imediato, se virou para Jonathan e lhe perguntou:
- Podemos
ir a minha casa?
- Para quê?
- Quero ir
ver os meus pais…
Caminharam,
em silêncio, durante breves minutos. Quando chegaram a casa dos pais de
Pataroco, entraram e lá estavam eles…
Pataroco,
emocionou-se ao revê-los…há muitos anos que não se sentia tão feliz…as lágrimas
saltitavam umas atrás das outras e escorriam-lhe até à ponta do nariz…
- Chega!
Vamos para casa!
- Ok! Vamos
lá!
Pegaram na
máquina do tempo e regressaram a casa. Durante a viagem pelo tempo, Pataroco
refletiu sobre a sua maneira de ser e disse:
- Nunca
mais vou ser desmancha prazeres! Vou ser sempre feliz!
A partir
daí, começou a simpatizar com todos os que habitavam no bairro, fez muitos
amigos, enamorou-se da Pituxa, tiveram dois filhos e todos o viam com um ar
feliz.
Parabéns, Rafael Vieira!
Rodrigo, está parecida com a história que imaginaste?
Parabéns, Rafael!!!
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