"Lágrimas ocultas"
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Quanto ao poema do aluno, optámos por um feito pelo Rodrigo Miranda, da Turma 6 da E.B. de São Domingos.
Este poema foi construído após audição do conto "O gigante egoísta", da autoria de Oscar Wilde.
Como ilustração do poema, escolhemos uma tela de João Alfaro.
A Vida |
Eu fui egoísta...
Eu fui egoísta
Até o meu avô morrer
Mas vê-lo sofrer
Tornou-me noutro ser.
Com o meu comportamento
A minha mãe ficou contente
Com a mudança de sentimento
Agrado a toda a gente.
Muito bem Rodrigo :)
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