29.2.16

A leitura da obra A Família Soluas

Nas aulas de Oferta Complementar, os alunos do 2ºano da Escola Básica de Fontaínhas foram ouvindo a leitura da obra A Família Soluas que era complementada com o preenchimento de uma Ficha de Registo.
Assim, após a audição do conto, registavam, em grelha própria, alguns dos elementos da narrativa: Natureza, elementos construídos pelo homem, emoções, ações, qualidades.
Numa aula posterior, o nosso olhar centrou-se nos elementos da Natureza. Conversámos sobre o Sol e surgiram situações-problema sobre a luz.
Realizámos, então, experiências para comprovação das hipóteses formuladas a partir das várias situação-problema:
"Por que não vemos os objetos no escuro?"
"Como se propaga a luz?"
"Será que todos os materiais se deixam atravessar pela luz?"



 Chegaram, então, às conclusões:
- Só vemos os objetos quando estão iluminados ou quando têm luz própria. Perceberam que os nossos olhos não emitem luz e que para os vermos é necessário que estes sejam uma fonte de luz ou estejam iluminados.
- A luz propaga-se em linha reta. Entenderam que a luz não se curva, como a água ou o ar.
- A luz não passa igualmente através de todos os materiais.

28.2.16

A Família Soluas

A Família Soluas é uma obra aconselhada pela Casa da Leitura, com texto de Maria de Lourdes Soares e ilustrações de Madalena Ghira.

 

No site da Wook, esta obra é apresentada com a seguinte sinopse:

Era uma vez um Sol e uma Lua… viajando nas palavras e nas cores a formar uma grande família: os SoLuas, diferentes dos homens e entre si, como todos nós… Na história, ao som e ao ritmo da poesia, o diálogo permanente entre ilustração e texto cria outros textos, pretextos para o contar sobre a magia e a ordem do Universo. Num passeio pelo sistema solar, o leitor caminha no entendimento do direito à cidadania, à solidariedade, à amizade. Aprende e cresce seguro e protegido, na solidez da moldura familiar. As crianças, aliadas naturais do que é novo e puro, festejam em apoteose o encontro entre os diferentes (...)

 

27.2.16

À descoberta do livro A Família Soluas

Numa aula posterior à criação da capa para o título A Família Soluas, os alunos da EB de Fontaínhas tiveram outro desafio: descobrir qual seria a capa do livro, cujo título tinha sido apresentado na última aula.
Assim, perante a exposição de várias capas de livros, sem o título visível, tiveram de descobrir qual é que corresponderia ao título A Família Soluas.


Uma a uma, as capas foram aparecendo no quadro e os alunos tiveram de justificar se seria ou não a capa do livro A Família Soluas.
 Após a descoberta da verdadeira capa, a professora bibliotecária apresentou o livro e deu início à sua leitura.


"Era uma vez um SOL,
Era uma vez uma LUA.
Taparam-se com um lençol,
Saíram do meio da Rua.

Combinaram uma família
Para ter muitos meninos.
Compraram casa e mobília,
Trocaram beijos e mimos.

Cada ano que passava,
Era um filho que nascia.
Como o tempo não parava
A família é que crescia".
(...)

10ª Edição da Semana da Leitura: "Elos de Leitura"



A 10ª edição da Semana da Leitura apresenta-se como um momento de reflexão e de apropriação de valores de respeito pela diferença, pela multiculturalidade e pelos direitos humanos. Assim, durante esta data comemorativa, celebraremos a leitura para além da sala de aula e promoveremos "elos de leitura" num esforço em torno da construção de sociedades inclusivas.


"A melhor carta" da Rita Durão

No âmbito da Oficina de Escrita dinamizada pela professora bibliotecária na EB Alexandre Herculano, a Rita Durão escreveu uma carta a fim de concorrer ao concurso "A melhor carta" promovido pelos Correios de Portugal (CTT) e pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM).


O desafio foi escrever uma carta com o seguinte tema:

"Imagina que tens 45 anos e escreve uma carta a ti próprio".









Querida Amiga
Escrevo-te, agora, pois soube há pouco que te vais tornar num livro em branco, vais perder a capacidade de recordar o passado ou lembrares-te de estar presente, vais deixar de cumprir tarefas por mais rotineiras que elas sejam, assim como a tua forma de te expressares e o pensamento vão ficar atrapalhados.
Como sempre fui, continuo a ser um pouco rebelde e terei todo o gosto em contrariar o destino, pelo que não vou admitir que o teu livro da vida fique em branco. Esta é a primeira carta de muitas outras que irei escrever, pois as memórias de quarenta e cinco anos são muitas e não quero que as percas, serão o teu elo ao passado, logo, não deixarei que o teu livro fique em branco. Recordarás as aventuras vividas com os amigos, os teus feitos tão elogiados e as alegrias sentidas junto da família.
Assim, não te esquecerás de quem foste e de quem és, dos teus gostos e de quem gostas, dos mimos que recebeste, do que te fez rir à gargalhada…
Irrequieta desde bebé, começaste muito cedo a pregar valentes sustos à tua família. foi o que se passou quando tinhas, apenas, três anos e engoliste uma moeda de cinquenta cêntimos ou quando correste para a piscina sem ligares ao chamamento dos teus pais. Enfim, valeu-te teres uns pais muito atentos que te protegeram e evitaram que te magoasses.
Quando entraste para o Infantário, as tuas experiências artísticas não tinham limite. Se um dia agarraste numa tesoura e cortaste o teu cabelo, noutro dia cortaste o cabelo a um colega que, como deves calcular, ficou com um corte muito original. Do mesmo modo, adoravas utilizar o pincel e para que não pintasses em locais indevidos, como aconteceu várias vezes em casa e no infantário, os teus pais deram-te o privilégio de pintares o muro da tua casa. No meio de latas de tinta e pincéis, subindo e descendo o escadote, sempre sob o olhar atento dos pais, a tarde revelou-se delirante cujo resultado foi muito admirado pelos avós, tios e amigos, não faltando elogios à iniciativa dos pais e à artista do futuro.
Quanto à frequência da escola, não foi muito pacífica, pois detestavas escrever e davas muitos erros. Pelo contrário, eras a melhor em Educação Física e Expressão Plástica. À hora de saída, esperavas pela buzinadela do carro da tua mãe para ires ao seu encontro.
Quando estavas no 7ºano, participaste num Concurso Nacional de Desenho e conseguiste ficar em primeiro lugar na escola, assim como ao nível distrital e nacional. De facto, adoravas desenhar e foi um prémio merecidíssimo.
No decorrer do Campeonato Nacional, os teus colegas apresentaram-te aquele que seria o amor da tua vida. De facto, durante o Campeonato, quando deste uma queda, como não conseguias pôr-te de pé, ele agarrou-te ao colo e nesse dia nasceu um grande amor. Partilhavam o gosto pelo desenho e apreciavam os mesmos artistas musicais que eram os Beatles, Ariana Grande, Marone Five, Michael Jackson e Amália Rodrigues.
Quando estavam aborrecidos, adoravam dar passeios pela praia, sentir a brisa na cara e a areia debaixo dos pés, assim como ouvir a agitação da água do mar e as ondas rebentarem. Já sabes o que fazer quando estiveres mais triste, pede a alguém que te leve à paria. Sempre foi evidente o efeito mágico do mar e da praia no teu bem-estar, logo deves satisfazer o desejo que tens de fazer um cruzeiro.
Como eu dizia no início desta carta, esta é a primeira de um conjunto de cartas que te irei escrever para que tenhas presente o teu passado, para que te alegres com o que te alegraste, em suma, para que revivas o que viveste.
Recebe um grande abraço da tua melhor amiga
                                                                       Rita Durão                                        


26.2.16

A Família Soluas, da autoria de Maria de Lourdes Soares

No âmbito da disciplina de Oferta Complementar, os alunos do 2ºano da Escola Básica de Fontainhas têm vindo a ler o livro A Família Soluas, da autoria de Maria de Lourdes Soares, com ilustrações de Madalena Ghira. Contudo, antes de conhecerem o livro, tentaram imaginar como seria a ilustração da capa para o título A Família Soluas.
 

23.2.16

SuperTmatik Educação Alimentar - os Campeões do 6ºano

Hoje, também se jogou a eliminatória do campeonato de Educação Alimentar pelo que já sabemos quais são os alunos que representarão a escola na Grande Final online.

5ºano - Campeão - Ana Marques
          - Vice-Campeão - Rafael Raimundo

Parabéns, à Ana e ao Rafael!

SuperTmatik Corpo Humano - os Campeões do 6ºano



No SuperTmatik Corpo Humano, já são conhecidos os alunos que irão representar a Escola Alexandre Herculano a nível nacional.
Campeão - Rafael Raimundo
Vice-Campeão - Dário

Parabéns ao Rafael e ao Dário!

SuperTmatik de Ciências - os Campeões do 5ºAno

Hoje jogou-se a eliminatória do campeonato de Ciências Naturais pelo que já sabemos quais são os alunos que representarão a escola na Grande Final online.

5ºano - Campeão - Diana Barreto
          - Vice-Campeão - Pedro Silva

Parabéns, à Diana e ao Pedro!


22.2.16

Concurso "Faça lá um Poema" - participação do Rafael Raimundo

Entre os vários poemas concorrentes, ao nível do 2ºciclo, venceu o poema apresentado pelo Rafael Raimundo, aluno do 6ºano. O seu poema foi o escolhido para representar o nosso Agrupamento, ao nível do 2ºciclo, no concurso do PNL "Faça lá um Poema" 2016.
O poema representa um momento de reflexão sobre a história do Universo e o entendimento (ou não) entre os povos.

Até aos dias de hoje...

Há muito tempo, no Universo
Um planeta foi criado
Esse planeta tinha vida
E ainda hoje é habitado.

Esse planeta é a Terra
Em que todos vivemos
E a sua verdadeira história
Nem todos a conhecemos.

Tudo começou há muitos anos
Quando quem reinava era o animal
Um ser vivo muito grande
E como se não bastasse, era do mal.


Chamava-se dinossauro
Que da Terra era rei
Mas eram todos iguais
Por isso não havia lei.

Um dia olharam para o céu
E viram uma estrela cadente
Mas não era o que eles pensavam
Era a morte dessa gente.

Um meteorito caiu
Mas alguns não morreram
Começaram a evoluir
E continuar, prometeram.

Quando pararam para descansar
Repararam finalmente
Não eram mais um dinossauro
Eram um ser inteligente.

Esse ser inteligente
Procurou várias razões
E finalmente conseguiu
Fazer muitas invenções.

Um dia, esse ser
Preparava-se para caçar
Encostou-se a uma rocha
Que fugiu a rebolar.

Percebeu, a seguir de pensar
Que tinha achado a roda
Um objeto muito simples
Que ainda hoje está na moda.

Outro dia, estava em casa
A bater madeira na parede
De repente, começou a arder
Tinha achado o fogo
essencial para se aquecer.

Não soube dizer aos outros
O que tinha inventado
Até que teve uma ideia
E ficou animado.

Tinha inventado palavras:
fogo, roda e mais
E inventou a palavra caça
Para apanhar os animais.

Saiu da sua gruta
Foi procurar outro lugar
Encontrou povos diferentes
Que o vieram ajudar.

De animais e de outros seres
Teve de se defender
Tinha sido criada
A pior das invenções:
A palavra guerra
Capaz de matar milhões.

A seguir de muitos mortos
E de muito sangue pelo chão
Chegou a palavra paz
A melhor invenção.

Agora há que continuar
A evoluir e a inventar
Pensar em respeitar
E com todos dialogar.

Até aos dias de hoje
Trabalhamos para melhorar
Por isso, continuamos a sonhar...


Muitos parabéns, Rafael!
Parabéns pela tua capacidade criadora, reflexiva e de síntese.

Concurso "Faça lá um poema" - participação do Tiago Figueiredo

Um outro concorrente foi o Tiago Figueiredo, aluno do 6ºano.
O Tiago construiu um poema dedicado ao livro.

O Livro

Abro o livro
muito colorido
cheio de alegria
e de magia.

Leio na escola
à noite antes de adormecer
não jogo consola
apenas fico a ler.

Há vários tipos de livros
histórias, pirataria...
mas o que mais gosto
são os livros de poesia.

Também gosto de outro tipo de livros
como as bandas desenhadas
cheias de histórias aos quadradinhos
com piadas engraçadas.

Gosto muito de ler
e também de escrever.
Aliás, quero ser escritor
quando crescer.

Como adoro ler e escrever
foi fácil este poema fazer
mas agora vou terminar
e este livro fechar.

Parabéns pelo poema criado, Tiago!

Concurso Faça lá um Poema - participação da Diana Barreto

Dando continuidade às iniciativas de incentivo à leitura e à escrita de poesia, o Plano Nacional de Leitura promoveu, mais uma vez, o concurso "Faça lá um Poema". Foi neste âmbito que tivemos a participação de três alunos do 2ºciclo.

Uma das participantes foi a Diana Barreto, aluna do 5ºano, que construiu dois acrósticos


Cortar, mexer  e cozer
Ou a massa esticar
Zás é o barulho que
Imagino ao cortar.
Ninguém é como eu, não
Há que imaginar.
Eu ao mexer
Imagino como será  minha infância
Rindo e continuando
A trabalhar.

Marés e oceanos
A vida há que seguir
Revirando o meu barco da
Imaginação a sorrir.
Navego com coração
Há mar por descobrir
Este vento passei em vão
Indo de terra em terra
Remando sem parar
Até que o vento me leve para lá do mar.


Parabéns, Diana, pela criatividade e inspiração poética!

20.2.16

Comemoração do Dia da Internet Mais Segura

No dia 9 de fevereiro celebrou-se o SID (sigla de Safer Internet Day), ou seja o Dia da Internet Mais Segura.
Dado este dia ter sido durante a interrupção do Carnaval, as atividades realizadas neste âmbito só se concretizaram entre os dias 11 e 18 de fevereiro.
Assim, em trabalho de articulação entre as docentes Helena Andrade, professora de Informática, e Risoleta Montez, professora bibliotecária, foram desenvolvidas várias atividades.
Montámos a Exposição "O que farias?" em que são apresentadas situações de risco para que os alunos reflitam sobre o que devem fazer em cada uma delas.

Exposição "O que farias?"
 A professora de informática, Helena Andrade, dinamizou sessões para algumas turmas do 3ºciclo da EB Alexandre Herculano sobre segurança nas redes sociais.

Sessões de sensibilização na EB Alexandre Herculano

 A professora bibliotecária, Risoleta Montez, dinamizou sessões sobre segurança na internet no 1ºciclo, no âmbito da disciplina de Oferta Complementar, assim como em articulação com outros docentes do 1ºciclo.
No final de cada sessão, os alunos jogaram nos jogos disponibilizados no site SeguraNet

Sessões dinamizadas no 1ºciclo

19.2.16

SuperTmatik de História de Portugal - os Campeões

Esta semana disputaram-se as eliminatórias do campeonato de História de Portugal, pelo que já sabemos quais são os alunos que representarão a escola na Grande Final online.

5ºano - Campeão - Diana Barreto
          - Vice-Campeão - Sebastião Nobre

Parabéns, Diana!
Parabéns, Sebastião!

6ºano - Campeão - Rafael Raimundo
                                                   - Vice-Campeão - Ana Marques

                                         Parabéns, Rafael!
                                         Parabéns, Ana!

7ºano - Campeão - Bernardo Pereira
          - Vice-Campeão - Maria Inês Paveia

Parabéns, Bernardo!
Parabéns, Maria Inês!

18.2.16

À conversa com o escritor António Mota

Hoje, com o apoio do Grupo Leya, tivemos o privilégio de receber o escritor António Mota na Escola Básica Alexandre Herculano.
Pela manhã, ultimavam-se os preparativos para a receção ao escritor António Mota. Na verdade, os alunos do 6ºano, além das pinturas que serviram de cenário, recolheram e registaram algumas das frases ditas pelo avô no livro A casa das bengalas.




À hora combinada, cinco turmas do 2ºciclo esperavam por António Mota no auditório da escola.

Muito pontual, António Mota, após ter estado com as crianças e os alunos da Escola Básica de São Domingos, chegou à Escola Alexandre Herculano onde foi recebido com uma grande salva de palmas pelos alunos do 6ºano.



Antes de dar início à sua conversa recolheu algumas imagens para recordação de um momento feliz na sua vida.
 


Num diálogo claro e animado foi respondendo às questões que os alunos lhe foram colocando.



 À pergunta "Qual era o seu conselho para que um jovem se tornasse num bom escritor?", António Mota respondeu "Ler, ler e ler".



















Outros momentos do Encontro...







Por fim, os autógrafos...


O nosso grande obrigada ao escritor António Mota que se disponibilizou para se deslocar ao nosso Agrupamento, ao Grupo Leya pela organização e apoio, assim como a todos os alunos e docentes que contribuíram para que este evento fosse um momento inesquecível.

17.2.16

Os preparativos para a receção ao autor António Mota continuam...

A azáfama das pinturas para a receção ao autor António Mota foi grande, pois hoje era o último dia para terminar as pinturas.


Perante tanto trabalho dos alunos do 6ºano, alguns colegas da turma V91, que estavam na biblioteca a aguardar que os computadores tivessem sinal de internet para darem continuidade ao trabalho que estavam a fazer, ofereceram-se para ajudar na pintura.


16.2.16

Encontro "Aprender em Partilha"

Hoje realizou-se mais um Encontro "Aprender em Partilha", no qual ficámos a conhecer o Projeto Khan Academy apresentado pelo Senhor Engenheiro Inácio Mira.
Este projeto integra um dos projetos promovidos pela Fundação PT, através da sua Direção de Cidadania Empresarial e Inclusão.
Conforme foi transmitido, a Khan Academy é uma nova forma de aprender, é um projeto social de educação gratuita para qualquer pessoa em qualquer lugar. Trata-se de uma oferta alargada de conteúdos com
8 256 vídeos, mais de 100 000 exercícios adaptativos, em 216 países e em 38 línguas.
Como podemos aceder à Khan Academy?


Além de ter apresentado alguns vídeos e a futura plataforma de trabalho para professores e alunos, o Senhor Engenheiro informou sobre as intenções da Fundação PT




Por fim, deixou alguns links úteis a todos os presentes.




Encontro com o autor António Mota

Algumas turmas do 6ºano estão a preparar a receção a António Mota, autor de inúmeras obras para crianças e jovens, que será no próximo dia 18 de fevereiro, pelas 12 horas no auditório da Escola Básica Alexandre Herculano.
Assim, as docentes Mafalda Grego e Margarida Fonseca têm dedicado algumas das suas aulas de Português à leitura orientada da obra A Casa das Bengalas. Esta obra é recomendada pelo Plano Nacional de Leitura (PNL) para o 6ºano de escolaridade e ganhou o prémio António Botto em 1996.

De acordo com a informação disponibilizada pela Wook, A Casa das Bengalas relata-nos a história de: "Um avô que fica sozinho na aldeia. A cidade não o seduz, apesar de aí residir a escassa família que possui. O recurso a um lar de idosos para afastar a solidão daquele avô que precisa que alguém cuidasse dele. As visitas da família são frequentes mas rápidas, pois os visitantes "desta casa têm sempre muita pressa". Mas há o neto que não se esquece do que o avô lhe ensinou e está sempre pronto a satisfazer-lhe todos os caprichos".

Em paralelo com o trabalho feito em sala de aula, os alunos têm deslocado-se à Biblioteca para transmitirem através da expressão plástica a sua ligação à obra  A Casa das Bengalas.


Venham à Biblioteca e leiam a obra de António Mota

Na Biblioteca Escolar da EB Alexandre Herculano existem vários livros da autoria de António Mota que podem ser requisitados.

13.2.16

"Uma semana na praia como castigo", da autoria de Diana Barreto

"Uma semana na praia" era o tema que devia ser respeitado nos contos do 2ºciclo que concorressem ao concurso "Um conto que contas". Este concurso é da responsabilidade de uma Comissão Organizadora em colaboração com a Delegação Regional do Sul e Ilhas da Sociedade Portuguesa de Matemática e com o apoio da Universidade de Évora, do Centro de Investigação em Matemática e Aplicações, da Associação de Matemática Interativa e Lúdica e da Delta Cafés.
 Atendendo aos objetivos do concurso, tais como "fomentar hábitos de leitura e de escrita (...) e incentivar à escrita de um conto que envolva conteúdos matemáticos", apresentei, na "Oficina de Escrita", a proposta de participação neste concurso .
Assim, ao longo das últimas semanas, na "Oficina de Escrita",  a Diana Barreto construiu o conto que abaixo vem transcrito. De facto, com muita imaginação e articulando as diversas áreas do saber, tais como Matemática e Português, a Diana escreveu o conto "Uma semana de férias como castigo".

Muitos parabéns, Diana!


Uma semana na praia como castigo

Na última aula de matemática do segundo período, a professora chega à sala muito desesperada com as notas dos seus alunos:
- Meninos, estou triste e bastante desiludida com as vossas notas. Vou ter de me reunir com os vossos pais para combinar o castigo que irão ter. Como as poucas notas positivas são fracas, a penalização será igual para todos.
Chegado o dia da reunião com os encarregados de educação, a professora de Matemática apresentou a sua proposta de “castigo” que teve a aprovação de todos os encarregados de educação.
Os alunos quando souberam qual era o castigo, nem queriam acreditar no que lhes estava a ser transmitido pelos pais.
- Uma semana na praia!? – perguntava a Maria à mãe.
- O quê? Depois de amanhã vou para a praia durante uma semana? – questionava o João.
- Estás a gozar comigo? Vá lá, diz qual é o castigo. – pedia o Daniel.
Tinham tido notas fracas em Matemática e, em vez de terem trabalhos redobrados, ofereciam-lhes uma semana de férias na praia.
No dia e hora combinados, lá estavam todos felicíssimos com o passeio e férias inesperados.
- Quero que se sentem números pares sucessivos do lado esquerdo e números ímpares, também seguidos, do lado direito. – ordenou a professora.
- Sou o número dois…então fico com o quatro. Carolina, fico contigo. – disse a Ana.
Apesar de alguma confusão e acesas discussões, lá se foram sentando e, por vezes, corrigindo as primeiras decisões.
À sua espera, em cada assento do autocarro, estava uma brochura com o título “Diário de Bordo” e uma esferográfica.
- Abram o Diário que está no lugar onde se sentaram e confirmem se tem o vosso nome. Se tiver, é sinal que a primeira tarefa foi cumprida com sucesso. Quem estiver no lugar errado, tem de se levantar e vir ter comigo para conversarmos e descobrirmos onde é que têm de se sentar. – informou a professora.
Após trinta minutos de viagem, o autocarro parou numa área de serviço para atestar o depósito.
- O motorista acabou de me dizer que o depósito leva sessenta litros de gasóleo. Como agora tem apenas quinze litros, quanto precisa de colocar no depósito? Calculem e escrevam o resultado no diário de bordo.
De imediato, os alunos pegaram nos telemóveis.
- Ah! Esqueci-me de vos dizer que esta semana de férias na praia vai ser uma aula prolongada de Matemática, pelo que não poderão utilizar os telemóveis.
O silêncio instalou-se…sem abrirem a boca, mas entrecruzando os olhares, começaram a perceber que as prometidas férias “tinham água no bico” e muita Matemática à mistura.
Entretanto, a professora recolheu os telemóveis e colocou-os dentro de uma caixa.
Perante esta dificuldade, cada um tentou calcular à sua maneira. Enquanto uns escreviam no embaciado dos vidros da janela, outros escreviam com o dedo na mão e ainda havia aqueles que fechavam os olhos na esperança de que os números não lhes fugissem da memória.
- Quando chegarem ao resultado, escrevam-no no vosso diário e indiquem a estratégia de cálculo.
O Francisco resolveu rapidamente o cálculo e levantou o braço para que a professora o soubesse. Certificando-se de que todos já tinham dado a resposta, a professora perguntou ao Francisco o resultado, ao que ele respondeu prontamente:
- Para que o depósito fique cheio, o motorista tem de colocar quarenta e cinco litros de gasóleo. Cheguei ao resultado pela identidade fundamental da subtração.
A viagem continuou sem paragens, pelo que chegaram rapidamente à pousada onde iam ficar instalados. Na receção, a professora apresentou mais uma questão:
- Temos a reserva para seis quartos. Atendendo a que somos vinte e cinco, dez rapazes e quinze raparigas, a contar comigo, digam-me como ficaremos divididos pelos quartos e escrevam os vossos resultados no diário de bordo. Os alunos começaram a calcular até que o Guilherme levantou o braço. Quando a professora lhe deu autorização para falar o Guilherme respondeu:
- Como somos vinte e cinco ficarão cinco alunos em cada quarto. Calculei isto usando a multiplicação.
Os risinhos dos colegas não se fizeram esperar. Ao reparar em quem tinha começado com os risinhos, a professora dirigiu-se ao Daniel e perguntou:
- Então, Daniel, qual é o resultado?
Ao ouvir isto o Daniel ficou atrapalhado e demorou a responder. Por fim disse:
- Em cinco quartos vão ficar quatro pessoas e num cinco. Também usei a multiplicação.
- Estão de acordo?
- Não, professora! Assim ficavam rapazes misturados com raparigas – respondeu de imediato a Sara. Pelos meus cálculos, os rapazes ficam divididos por dois quartos, ou seja, cinco rapazes em cada quarto. As raparigas ficam distribuídas em quatro quartos: três quartos com quatro e um quarto com três.
- Professora, pelos meus cálculos, são três quartos para as raparigas e outros três para os rapazes. As raparigas ficam cinco em cada quarto e os rapazes são dois quartos com três e um com quatro. – replicou o João.
- Uhhhh!!!!! – protestaram as raparigas.
- De facto, ambas as propostas estão certas, mas para não haver tanta desigualdade entre os rapazes e as raparigas, tenho outra proposta: os rapazes ficam divididos em dois quartos, as raparigas por três quartos e eu ficarei sozinha num quarto. Assim, estão mais à vontade para conversar uns com os outros. Que vos parece? – perguntou a professora.
Perante a justificação da professora de ficarem mais à vontade, todos concordaram.
No dia seguinte, já na praia, preparavam-se para dar um mergulho, quando ouviram a voz da professora:
- Antes de se lançarem à água, terão de ir recolher conchinhas de diferentes formatos e cores. Apesar de intrigados, limitaram-se a cumprir a ordem da professora.
Passados trinta minutos, a professora chamou-os para que construíssem, no diário de bordo, uma tabela a fim de registarem o número de conchas de cada forma ou cor. Ao terminarem, a professora pediu que fizessem um colar de modo a utilizarem todas as conchas que tinham apanhado, respeitando uma determinada sequência.
Apesar de terem percebido as ordens da professora, foram muitas as vezes que precisaram de retirar as conchas do fio e voltar a construir a sequência de modo a utilizarem as conchas todas.
No dia seguinte, à hora do almoço, a professora propôs um novo problema:
- Neste restaurante a base das refeições são as saladas. Como são saladas com muitos ingredientes, cada uma custa 4,50€. Quanto teremos de pagar?
Nisto os alunos começaram a resolver o problema e a professora teve de dizer várias vezes que a resposta estava errada. Entretanto, surgiram os cálculos da Diana:
- Então, vinte e cinco vezes quatro são cem euros e vinte e cinco vezes cinquenta cêntimos, são doze euros e meio. É fácil! Teremos de pagar cento e doze euros e cinquenta cêntimos.
- Correto, Diana! Vamos, lá, então almoçar.
Passada uma semana repleta de problemas matemáticos, a professora propôs no último dia mais uma situação:
- Sendo hoje o oitavo e último dia e já feitas todas as refeições, sei que por dia gastámos cerca de dez euros por aluno e hoje só pagámos cinco euros. Quanto gastou, cada um de nós, por semana?
Neste último problema quase todos os alunos acertaram:
- Claro que a resposta certa é setenta e cinco. Calculei dez vezes sete, depois adicionei cinco. Na minha opinião este foi o problema mais fácil. - disse rapidamente o Duarte.
À tarde, quando chegaram a casa os alunos estavam eufóricos:
- Ó mãe, ó pai! - chamava a Ana- Agora já percebi porque é que a matemática é tão importante na vida. Eu adoro-a!
- Então a viagem correu bem?
- Lindamente! A matemática é super fixe e divertida! - exclamou o Daniel enquanto pulava de alegria.
- Então Maria, que tal foi?
- Mãe, foi muito divertido! E sabes que mais? Já gosto de matemática.
Com tanta alegria e com tanta diversão, no período seguinte todos os alunos tiraram positiva e nunca mais deixaram de gostar de Matemática. Assim acaba esta história…com um final feliz.

Agora resta-nos aguardar pela decisão do júri.