A "Maratona da Palavra" foi uma atividade colaborativa das Bibliotecas
Escolares (BE) do concelho de Santarém, que consistiu na construção de
uma história a partir da personagem representada como mascote, o
Campino.
Ontem, dia 22 de abril, pelas 18 horas, na Sala de Leitura Bernardo Santareno, foi a apresentação pública do trabalho resultante desse projeto.
A Sessão teve início com a intervenção das diferentes individualidades: Senhor Presidente da Câmara Municipal de Santarém, a Senhora Vereadora da Educação, a Senhora Vereadora da Cultura, a Coordenadora Interconcelhia das Bibliotecas Escolares, a Senhora Bibliotecária Municipal.
Posteriormente, foi a atuação do Coro Infanto-Juvenil do Círculo Cultural Scalabitano.
Quanto às Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano tiveram o privilégio de construir a mascote e de darem início à Maratona, daí terem sido os primeiros a intervir na breve apresentação do livro.
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O "nosso" Joãozinho da UAM da EB de São Domingos |
Quanto ao Rafael, iniciou a sua intervenção dizendo o que sentiu perante o desafio que lhe tinha sido colocado.
"Fui convidado para escrever esta história. Ao princípio senti-me nervoso perante este trabalho difícil que tinha pela frente, mas depois vieram-me muitas ideias à cabeça e comecei logo a trabalhar. Estava sempre ansioso por continuar a escrever e no final fiquei triste porque não podia escrever mais, mas feliz pela história que tinha conseguido escrever".
De seguida, para que o público ficasse a conhecer um pouco da narrativa, leu alguns parágrafos, construídos por ele e pelo Tiago Figueiredo.
"No Círculo Cultural Scalabitano, viviam-se momentos de crise: o Coro com poucos elementos, a Orquestra sem maestro nem dinheiro para comprar instrumentos, o Ballet paralisado, o Grupo de Teatro sem ideias, os palhaços de férias e, se não bastasse, a instalação elétrica estava com problemas.
Após a sua fundação em 1954, viveram-se momentos áureos, tendo recebido a Medalha de Ouro da Cidade de Santarém em 1957, contudo o início da década de 90 estava a revelar-se dramático.
- Que fazer? - questionava tristemente um Campino que por ali passava nos domingos à tarde, recordando a época em que lá ia com o seu ai assistir a espetáculos.
Olhando para as portas fechadas, sentava-se no muro envelhecido e, em vez das vozes melodiosas do Coro, ouvia-se o ranger do telhado".
A assistir muito atentamente, estava o Tiago Figueiredo, o outro autor da narrativa construída na EB Alexandre Herculano.
Após as apresentações dos vários representantes das escolas participantes, o Senhor Presidente do Círculo Cultural Scalabitano pediu a palavra, tendo dado os parabéns pela narrativa construída e agradecendo a inclusão do Círculo Cultural na mesma. Como reconhecimento, convidou todos os alunos participantes a assistirem a um espetáculo no Círculo Cultural Scalabitano.
No final, foi tempo de fotografar para mais tarde recordar...