Neste espaço, partilhamos e divulgamos as atividades desenvolvidas no âmbito da Biblioteca Escolar e do Plano Nacional de Leitura (PNL) na Escola Básica de Alexandre Herculano. Além desta divulgação,daremos a conhecer, aos nossos visitantes, outros temas relevantes e atuais.
28.4.17
Ler Prazer/ Ler p´ra Ser - 3º Ciclo
O Tiago Lourenço, aluno do 8ºA, fez o seu cartaz demonstrativo do amor pela leitura, inspirando-se nos grafites. Foi este cartaz que representou o 3º Ciclo.
Parabéns, Tiago! És um artista! Está lindo!
Parabéns, igualmente, à docente Manuela Farinha que o orientou.
Agora, resta-nos esperar pela decisão do júri.
Ler Prazer/ Ler p'ra Ser - 1ºCiclo
Quanto à participação do 1º Ciclo, os alunos da T1 da EB Combatentes, orientados pela docente Anabela Cerca construíram este cartaz em 3D. Está excelente!
As letras que formam o título do cartaz forma revestidas com diferentes materiais (tampas de iogurte, tecidos, rolhas de cortiça, papel...) e os bonecos revestidos a papel de jornal.
Parabéns à docente, aos seus alunos e a algumas mães que não resistiram em colaborar.
Resta-nos aguardar pela decisão do júri.
Ler Prazer/ Ler p'ra Ser - Pré-Escolar
As crianças do JI de Vale de Santarém foram atores e autores. Este fantástico cartaz foi feito em várias etapas:
- fotografia das crianças de bruços numa manta repleta de diferentes suportes de escrita;
- impressão da fotografia;
- conclusão do cartaz com diversos elementos: palavras recortadas de revistas e jornais, tulipas feitas em origami com papel de revista...
Foi assim que as crianças colaboraram ativamente na construção de um cartaz com recurso a materiais e técnica diferentes.
Muitos parabéns à educadora Aurélia Gaivoto, às estagiárias e aos seus alunos pelo cartaz fantástico apresentado.
Agora, resta-nos esperar pela decisão do júri.
Ler prazer/ Ler p'ra ser
O concurso Ler prazer/ Ler p'ra ser foi uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura enquadrada na 11ª Edição da Semana da Leitura.
Segundo o regulamento, este concurso desenvolveu-se no quadro dos objetivos definidos para a Semana da Leitura:
-promover o gosto pela leitura;
-tornar visível a leitura e a escrita;
-estimular a imaginação articulando a palavra, a leitura, as ciências e as artes.
Foi no âmbito deste concurso que recebemos alguns trabalhos: um do pré-escolar, outro do 1º Ciclo e ainda outro do 3º Ciclo.
27.4.17
Concurso Nacional de Leitura - 2ª Fase
Hoje disputou-se a 2ª fase da XI edição do Concurso Nacional de Leitura, organizada pela Biblioteca Municipal de Salvaterra de Magos.
A representar a Escola Alexandre Herculano esteve a Beatriz Lopes, a Maria Monteiro e o Rafael Raimundo, todos alunos do 7º ano.
Como a prova estava marcada para as 14 horas, havia que almoçar antes de partir. Como sempre, a equipa do refeitório disponibilizou-se para antecipar a hora do almoço.
Os nervos começavam a apertar e o apetite era pouco...rapidamente terminaram o almoço...
O transporte cedido gratuitamente pela Câmara Municipal de Santarém cumpriu rigorosamente o horário.
Chegados à Biblioteca de Salvaterra de Magos, entregaram a documentação necessária e receberam o certificado de participação. De seguida, fizemos uma visita guiada pela biblioteca.
A hora da prova aproximava-se e acompanharam-nos ao auditório do Edifício do Cais da Vala, onde foi feita uma breve cerimónia de abertura da Prova.
A apresentação esteve a cargo de Carlos Marques.
Quanto ao júri foi constituído por três elementos:
- Marta Sofia de Oliveira Marques - Técnica Superior da Biblioteca Municipal de Salvaterra de Magos
- Maria João Lopo de Carvalho, escritora
- David Antunes, músico.
Posteriormente, os alunos ficaram no auditório e os professores foram acompanhados numa visita à Falcoaria Real de Salvaterra de Magos.
Quanto ao lanche, foi no Celeiro da Vala animado com um apontamento musical de David Antunes.
De seguida, regressámos ao auditório do Edifício do Cais da Vala.
Apesar dos sorrisos, o nervosismo voltava a dar sinais....
Primeiro foram anunciados os finalistas do Ensino Secundário que, um a um, prestaram a sua prova oral.
De seguida, anunciaram os finalistas do 3º Ciclo....
e para o nosso grande orgulho, o Rafael Raimundo foi um dos cinco melhores...
...chegado o momento da prova oral, declamou o poema "Criança" de Cecília Meireles, assim como respondeu à pergunta feita pelo júri...e fê-lo de forma brilhante!!!
Por fim, foram anunciados os vencedores (os três primeiros classificados) do Ensino Secundário...
...e os três primeiros classificados do 3º Ciclo, tendo ficado o Rafael Raimundo em 1º lugar...
...tendo ficado em primeiro lugar, irá participar a nível nacional.
Muitos parabéns, Rafael! Que continues a ser um excelente leitor e um futuro escritor!
Para a Beatriz e para a Maria, muitos parabéns pela vossa prestação! Espero contar convosco para o próximo concurso!
A representar a Escola Alexandre Herculano esteve a Beatriz Lopes, a Maria Monteiro e o Rafael Raimundo, todos alunos do 7º ano.
Como a prova estava marcada para as 14 horas, havia que almoçar antes de partir. Como sempre, a equipa do refeitório disponibilizou-se para antecipar a hora do almoço.
Os nervos começavam a apertar e o apetite era pouco...rapidamente terminaram o almoço...
O transporte cedido gratuitamente pela Câmara Municipal de Santarém cumpriu rigorosamente o horário.
Chegados à Biblioteca de Salvaterra de Magos, entregaram a documentação necessária e receberam o certificado de participação. De seguida, fizemos uma visita guiada pela biblioteca.
A apresentação esteve a cargo de Carlos Marques.
Quanto ao júri foi constituído por três elementos:
- Marta Sofia de Oliveira Marques - Técnica Superior da Biblioteca Municipal de Salvaterra de Magos
- Maria João Lopo de Carvalho, escritora
- David Antunes, músico.
Posteriormente, os alunos ficaram no auditório e os professores foram acompanhados numa visita à Falcoaria Real de Salvaterra de Magos.
Quanto ao lanche, foi no Celeiro da Vala animado com um apontamento musical de David Antunes.
De seguida, regressámos ao auditório do Edifício do Cais da Vala.
Apesar dos sorrisos, o nervosismo voltava a dar sinais....
Primeiro foram anunciados os finalistas do Ensino Secundário que, um a um, prestaram a sua prova oral.
e para o nosso grande orgulho, o Rafael Raimundo foi um dos cinco melhores...
...chegado o momento da prova oral, declamou o poema "Criança" de Cecília Meireles, assim como respondeu à pergunta feita pelo júri...e fê-lo de forma brilhante!!!
Por fim, foram anunciados os vencedores (os três primeiros classificados) do Ensino Secundário...
...e os três primeiros classificados do 3º Ciclo, tendo ficado o Rafael Raimundo em 1º lugar...
...tendo ficado em primeiro lugar, irá participar a nível nacional.
Muitos parabéns, Rafael! Que continues a ser um excelente leitor e um futuro escritor!
Para a Beatriz e para a Maria, muitos parabéns pela vossa prestação! Espero contar convosco para o próximo concurso!
25.4.17
Toda a história da Revolução de Abril
Toda a história da Revolução de Abril
Na biblioteca, lembrando a data...
Imagem pesquisada na página RTP Ensina |
Na biblioteca, lembrando a data...
22.4.17
Dia Mundial do Livro
"No dia 23 de abril comemora-se o Dia Mundial do Livro.
Em 2017 a DGLAB decidiu associar esta comemoração à dos 150 Anos da Abolição da Pena de Morte em Portugal, o que justifica o tema do cartaz da autoria de Cristina Sampaio e o lema "Faça da leitura uma causa de vida".
Esta data também é assinalada este ano pela cerimónia de apresentação pública da nova etapa do Plano Nacional de Leitura para 2017-2027 (PNL 2027), que decorrerá no próximo domingo na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, pelas 11h30.
"O PNL 2027 visa apoiar e fomentar programas especialmente vocacionados para favorecer a integração social através da leitura, em diferentes suportes; a formação dos diferentes segmentos da população - crianças, jovens e adultos; a inclusão de pessoas com necessidades específicas; o desenvolvimento articulado de uma cultura científica, literária e artística; e, ainda, o acesso ao saber e à cultura com recurso às tecnologias de informação e comunicação. … Para este fim, concorrem diretamente o Programa de Promoção da Leitura, a Rede de Centros de Ciência Viva, a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, a Rede de Bibliotecas Escolares e as bibliotecas das instituições do ensino superior" (PNL - Apresentação)".
20.4.17
"De regresso à tolerância", um conto do Rafael Raimundo e do Rafael Vieira
Um outro conto com que a Escola Alexandre Herculano se fez representar no Concurso "Um conto que contas" foi o do Rafael Raimundo e do Rafael Vieira. Tal como o da Diana, não foi premiado, contudo é um conto cheio de imaginação que vale a pena ler, apreciar e tirar conclusões.
De
regresso à tolerância
Estamos no ano 2026. As crianças iam à escola diariamente,
incluindo ao fim de semana.
A cada dia a transigência dos adultos
diminuía para o dobro do dia anterior, ou seja, os adultos começaram a exagerar
no poder que tinham sobre as crianças…os adultos estavam a enlouquecer…
Pelas ruas da cidade, vagueava Joaquim Pardal, um rapaz bem
constituído, sendo 50% do seu corpo músculo e, por isso, todas as miúdas o
admiravam. Apesar do seu ar desleixado, era atraente fisicamente, simpático,
inteligente e tolerante. A sua amizade com o Zé Torradas e o seu cão Shibi era
mantida sem condicionalismos.
Quem também girogirava pelas ruas da cidade, era o Zé
Torradas que era magro e vivia a 1Km do Joaquim. Normalmente vestia roupa azul
e azul eram, igualmente, os seus olhos. Apesar da vida não lhe ter sorrido,
irradiava simpatia, dava valor ao mais pequenino gesto de amor, amizade e
carinho.
Os nossos dois rapazinhos, como bons observadores, resolveram
fazer algo para contrariar a situação em que se vivia. Determinaram, então, ir
ao Templo das Dúvidas. Contudo, para o conseguirem, precisavam da ajuda de mais
alguém, pois era necessário passar por vários obstáculos e resolver vários
desafios. Depois de conversarem sobre o assunto, decidiram pedir a colaboração
dos amigos Barnabé, Ambrósio e Maria Pardal que aceitaram de imediato o
convite.
Então, o Joaquim Pardal decidiu treinar o raciocínio
matemático da equipa que tinha acabado de se constituir e perguntou:
- Quanto é 7-(-4)?
Como ninguém abria a boca e o Joaquim Pardal só ouvia o
barulho dos grilos, disse:
- Que tal darem alguma resposta!
Aí, o Barnabé, o Ambrósio e a Maria Pardal começaram a dizer
resultados aleatórios.
- E agora, o que podemos fazer? - sussurrou o Joaquim ao Zé.
O Zé pensou, pensou, pensou e teve uma ideia:
- Já sei! – virou-se para os outros e disse-lhes – alguém me
pode dizer quanto é 1-3?
Ninguém respondeu.
- Então e se pensarem assim: estão no 1º piso do Shopping. O
Shopping tem o piso 1, o piso 0 e mais 2 pisos para baixo que são para
estacionar os carros. Vão para o elevador e descem três pisos. Em que piso
ficam?
- No último piso! - respondeu o Ambrósio, sem hesitar:
- Não! Ficamos no piso -2! - ripostou a Maria!
Já o Barnabé respondeu:
- O que é um Shopping?!
- Acho que já estão preparados. - disse o Joaquim.
-Não tenho tanta certeza. Este “desafio” era uma forma de
perceber a sua capacidade matemática. É uma questão de lógica! - disse o Zé,
com ar descontraído - Mas o tempo não espera! Temos de partir!
Apressaram-se a ir para o Templo das Dúvidas, onde tinham de
passar pelo Labirinto das Portas. Quando chegaram ao Labirinto, encontraram dois
guardas. Pensaram em passar ao lado, mas o Zé reparou que o ângulo de visão dos
guardas os impedia de passarem despercebidos. Tinha de pensar noutra ideia,
portanto pediu sugestões:
- Entramos pelo esgoto! -disse o Ambrósio.
- Pelo esgoto!? Blhac! Que nojo! O melhor é escondermo-nos
atrás daqueles arbustos à medida que avançamos para a porta! - sugeriu a Maria.
-Vamos pegar em metralhadoras e matá-los a todos! - insinuou
o Barnabé.
-Vocês têm é de ver menos filmes do Missão Impossível - respondeu o Joaquim, percebendo que qualquer
uma das sugestões tinha menos de 25% de chance de dar certo - Vamos pedir,
delicadamente, para entrar!
Os guardas estavam equipados com duas lanças nas mãos, o que
os fazia muito assustadores. Vestiam roupas parecidas com as da Guarda Suíça.
Avançaram lentamente com o rabinho tefe-tefe de medo. Quando chegaram ao pé dos
guardas, de imediato lhes barraram o caminho com as lanças, dizendo:
-Ide
para a escola! Podeis perder-vos no labirinto!
Era verdade. Eles podiam perder-se no labirinto. Tinham de
arranjar uma forma de voltar ao princípio e de chegar ao fim. Então Joaquim
teve uma ideia. Assobiou e surgiu um lavrador amoroso. Era Shibi, o cão de Joaquim. Os guardas, com receio, pensaram muito bem
e deixaram-nos entrar. Shibi já
farejava a saída. Quando chegaram ao fim, vislumbraram o grande Templo das
Dúvidas. O Templo era semelhante a um templo grego de ordem dórica. Era
constituído por uma mesa posta com seis cadeiras. Também tinha um grande
frigorífico no lado esquerdo e um altar no centro. Uma Voz soou:
- Bem-vindos ao Templo das Dúvidas! Podeis colocar três
dúvidas!
A voz parecia vir do altar. Era grossa, mas cómica. Estavam
todos com os olhos colados no altar. O Shibi
era quem estava mais assustado! O Barnabé sem hesitar perguntou:
Há por aqui alguma pizza?
- No frigorífico! - respondeu a Voz.
- Mas quando é que tu te vais calar? - ralhou a Maria.
- Neste momento, ele já está calado. - respondeu novamente a Voz.
- Só mais uma dúvida!
-Calma, pessoal! - gritou o Zé - Não falem mais! Senhor da Voz,
eu só queria saber como podemos parar a intolerância dos adultos para com as
crianças!
- Vou demorar algum tempo a processar a resposta! - afirmou a
Voz - Enquanto o faço podem comer a tal pizza!
- Então é assim: - começou o Joaquim- vamos dividir a pizza em doze fatias e assim cada um
come duas fatias.
Todos concordaram menos o
Shibi que ganiu com um grande “Béu!”.
- Não te preocupes, Shibi!
Também estou a contar contigo! - afirmou o Joaquim.
Já tinham acabado de comer, quando, de repente, surgiram no
chão cinco camas e uma casota. O grupo percebeu que a Voz do Templo queria que
eles dormissem pois já era noite e ele ainda estava atarefado a processar a
resposta. Nunca tinham dormido com tanto luxo! No dia seguinte, o Ambrósio
acordou com um pequeno barulho que ecoava pelas paredes do templo: “CASA
BRANCA! CASA BRANCA”. Ele podia jurar que vira um vulto a fugir do templo.
Acordou os outros.
- O que é a “Casa Branca”? É uma casa branca? - interrogou o
Barnabé.
- Não! - replicou o Zé - A “Casa Branca” é residência do
Presidente dos Estados Unidos da América!
Depois de partirem, entraram num avião clandestinamente e
foram para Washington DC.
- Como pensam entrar na Casa Branca sem vos barrarem logo a entrada?
- perguntou a Maria - Somos crianças! Os adultos desta “era” não toleram
“criancices”.
- Eu tenho um plano! - disse o Joaquim determinado.
Ao longo do demorado percurso do aeroporto até à Casa Branca,
algo a que eles já estavam habituados, o Joaquim explicou o plano. De seguida, foi-se
embora com o Ambrósio, enquanto o Zé e a Maria foram na direção oposta. Já o
Barnabé sentou-se num banco com o Shibi
a comer uma sanduíche que tinha roubado de uma outra pessoa.
-Faz a tua parte! Vais conseguir! - afirmou o Zé enquanto
caminhava com a Maria.
Então, Maria acercou-se de um guarda e roubou-lhe o
distintivo.
Enquanto isso, o Barnabé acabava de comer a sanduíche e o Shibi rosnou. O Barnabé apercebeu-se de
quem passava. Não pode ser! - pensava, Não pode ser!
O Ambrósio e o Joaquim voltavam para junto dos amigos,
satisfeitos do sucesso da missão até àquele momento. O Zé e a Maria estavam
boquiabertos. Eles tinham roubado os walkie-talkies
dos polícias, comida e até uma grande quantidade de aparelhos eletrónicos.
- Para que é essa tecnologia toda? - perguntou o Zé.
- Nem vão acreditar! - respondeu o Joaquim.
A Maria pôs o distintivo nas calças meio rotas, pois um
décimo das vezes que tentara roubar alguma coisa o roubo tinha dado para o
torto. Dirigiu-se a um guarda que protegia a entrada da Casa Branca e disse-lhe
mostrando o distintivo:
- Boa-noite! Sou agente da polícia de Washington! Estou a
investigar uma ameaça ao Sr. Presidente! Deixe-me entrar!
- Ah! Ah! Ah! Que criança atrevida! Não a posso deixar
entrar! - respondeu o guarda, olhando-a desconfiado - É uma criança e nem
sequer tem roupa de polícia. Devia ir para a esc…
- Não vê que estou à paisana?! - gritou a Maria
interrompendo-o.
O guarda, farto de a tolerar, deixou-a entrar no edifício. Entrou
na grande casa com cinco mil e cem metros quadrados de área útil e vinte e um
metros de altura.
Noutra parte do edifício, o Joaquim ouviu um “Boa!” vindo do
seu walkie-talkie. Era a sua deixa.
- Agora! - gritou para o Ambrósio.
O Ambrósio clicou num botão e o inacreditável aconteceu: a
eletricidade foi abaixo num raio de dois quilómetros.
-Zé, tens trinta segundos para entrar na Casa Branca! - avisou
o Joaquim.
O Zé entrou pelo sistema de ventilação dentro da Casa Branca.
Seguidamente, a luzes acenderam-se.
- Se começarem a disparar aqui dentro tenho chances de
sobreviver? - questionou o Zé.
- Bem, - começou o Joaquim - com pistolas a 375m/s…
- E com o alcance de 50 metros! Sim, sim, eu sei! -
acrescentou o Zé.
De repente, viram o impossível: o mestre da sabedoria. Ele
era o sábio dos sábios. O único adulto que se opunha à intolerância dos
adultos. Ele, rezava a lenda, criara o Templo das Dúvidas, mas não o conseguira
controlar pois só as crianças têm esse poder. O grupo não sabia porque o
reconheciam, como se uma força mística os informara. De repente, uma voz ecoou nas
cabeças de todas as pessoas do mundo:
- Boa noite! Quem fala é o MESTRE DA SABEDORIA! Estou aqui
para vos comunicar o resultado da minha investigação! Deveis estar a perguntar:
“Aqui, onde? Qual investigação? Quem é o MESTRE DA SABEDORIA?” Essas perguntas
não interessam agora! Adultos, a vossa intolerância para com as crianças é
exagerada e ilimitada, apesar de terem sido as crianças as únicas culpadas,
deveis alterar o vosso comportamento! Vós, crianças, tivestes atitudes tão
inadequadas e desajustadas que os adultos perderam a paciência! É preciso mudar
os comportamentos! A partir de hoje, todas as crianças do mundo se vão portar de
forma respeitadora e cumpridora, assim como a intolerância se extinguirá!
E assim foi! A partir daquele momento, tudo mudou! Todos os 2
biliões de crianças do mundo começaram a portar-se 123 vezes melhor! Ninguém se
questionou sobre o dono daquela voz que lhes enviara tão bela mensagem, assim
como, também, não sabiam que esse tal mestre da sabedoria tinha adotado 5
crianças e 1 cão. E pior ainda, tinha de os tolerar.
Muitos parabéns, Rafael Raimundo e Rafael Vieira!
"Ideias Solidárias", um conto da autoria da Diana Barreto
"Ideias Solidárias" foi o conto escrito pela Diana Barreto para o concurso "Um conto que contas". Soubemos hoje que não foi premiado, contudo é um conto extraordinário que poderia servir de inspiração a muitas pessoas para que tivessem mais ideias solidárias.
Apreciem....
Ideias Solidárias
O senhor Jacinto é um homem possuidor de conhecimentos
matemáticos, casas no Havai e noutras terras paradisíacas, quadros de valor de
zeros extensos, dezenas de terrenos recém-comprados à espera de serem passados
a pente fino e esmagados com edifícios de grande porte onde espera obter sempre
valores elevados ao quadrado, animais exóticos de estimação, locais de trabalho
com escritórios de área equivalente a uma sala de estar, uma residência numa
das mais ricas cidades do mundo, com mordomos, cozinheiros e criados de alta
classe, vestidos a rigor a circularem pelos infinitos corredores e dormitórios
existentes no seu palacete.
Normalmente veste roupas alegres: um casaco com um padrão de
triângulos com botões quadrados, uma camisa branca com círculos cujo perímetro
ultrapassa os padrões normais, retângulos, triângulos e quadrados coloridos,
calças divididas igualmente por três tecidos, sapatos de veludo e uma cartola
com um cilindro perfeitinho no topo com uma fita vermelha e duas penas
geometricamente iguais, colocadas em simetria.
Um dia, a neve formava um manto sobre as ruas, um frio glacial
pairava no ar e já milhares de andorinhas tinham migrado para sul ou para
outras partes do mundo onde havia mais calor. E como pelas janelas do seu escritório
só se via o fumo das fábricas a subir e a rasgar o céu, era como se fosse um
dia caloroso de verão, ao contrário do que ocorria no lado de fora do espaço
onde se encontrava.
Jacinto fez uma pausa no seu trabalho e, vá lá saber-se a
razão, lançou um olhar minucioso sobre a paisagem que vislumbrava para lá das
vidraças do seu escritório. Começou por tentar decifrar a branca neve sobre as
fábricas, de seguida espreitou melhor pelos vitrais coloridos da única janela
do seu escritório e reparou num senhor curvado a olhar tristemente para o
camião do lixo que se afastava com a sua única fonte de sobrevivência, a uma
velocidade inversa ao seu peso.
Por breves minutos, o senhor Jacinto ficou a olhar com
ternura para o pobre senhor. Voltou a sentar-se no seu cadeirão forrado com
talha dourada de ouro vindo do Brasil. Pegou no lápis e mirou o seu
escritório…sentiu-se inquieto…levantou-se novamente… angustiado voltou a olhar
para o mundo além da sua vidraça…ao longe, viu o vulto do pobre homem que se
arrastava como quem puxa uma carga superior ao seu peso…ficou a vê-lo
desaparecer no horizonte. Naquele dia, o espaço circundante do seu escritório
tinha sido visto com outro olhar.
De repente, pareceu ter passado um furacão pela sua cabeça.
Todos os pensamentos apontavam para o miserável senhor diante de si. Quando
tudo acalmou disse para os seus botões:
- Olhando bem, nesta cidade há muitos pobres e desempregados!
Pessoas deitadas no chão com bom coração, pessoas sem poder comer ou beber para
com saúde viver, pessoas sem casa para morar e dignamente viver sem sofrer,
enquanto eu de braços caídos vivo numa casa de luxo! Tenho de fazer qualquer coisa…tem
de haver uma forma de ajudar!
Após este pensamento, levantou-se e voltou à janela, quando
um cartaz encarnado lhe piscou o olho. Atrás do cartaz estava um terreno à
espera de ser comprado. Não sabia bem porquê, mas começou a achar que podia
fazer algo em relação aos pedintes se comprasse o terreno. Mas outro pensamento
lhe surgiu: comprar e construir O QUÊ?
Começou a tentar
obter um valor aproximado da área do terreno e rabiscou, numa folha, uma casa
muito direitinha, usando régua e esquadro para fazer linhas paralelas e
perpendiculares.
Quando deu por si já era de noite e, no céu, uma lua
brilhante aparecera. Era hora de regressar a casa, ou melhor, ao seu palacete,
no seu automóvel topo gama. Antes de entrar em casa, respirou fundo para sentir
o ar fresco que a neve trazia e foi quando teve uma ideia. Entrou em casa,
pegou na sua agenda, folheou-a e, numa página em branco, escreveu uma única
palavra: escola.
No dia seguinte, quando o despertador tocou, Jacinto
levantou-se com uma energia inexplicável. Sentia-se com o dobro do stresse que
somava com o triplo da pena daquele coitado que vira no dia anterior.
Apetecia-lhe ir a uma escola falar daquele senhor e dos seus problemas. Ligou,
então, ao seu amigo Joaquim, diretor da Escola Euclides. Numa breve explicação,
apresentou o seu interesse em ir a uma escola conseguindo, de imediato, a
marcação de um dia para se encontrar com uma turma do ensino secundário.
Na data combinada, a caminho da escola, os seus pensamentos
sobre o assunto a abordar cruzavam-se com as observações que ia fazendo: as
linhas que dividiam a estrada ao meio, um semáforo que tinha um círculo de raio
menor do que os outros, o pavimento dos passeios com motivos geométricos
contruídos em isometria com pedra branca e preta. De facto, a matemática está
presente no nosso dia a dia…
Foi esta constatação que serviu de início à conversa com os
alunos da turma selecionada, levando-os a refletir sobre a importância de
observarmos com atenção tudo o que nos rodeia, pois tinha sido assim que ele
ficara a conhecer as dificuldades diárias de algumas pessoas. Disse, também,
que para se ser cidadão ativo, não basta observar, é preciso ser empreendedor e
solidário. Como era aula de matemática fez um pequeno jogo. Usou as sequências
para explicar como era importante encontrar uma sequência para contar o
dinheiro, exemplificando com a famosa sequência de Fibonacci, para não estarem
a contar as notas e moedas uma a uma.
Entretanto, um aluno, o Edgar, sugeriu: envolver todas as
turmas da escola. Surgia, assim, o projeto “Ideias Solidárias”.
Mais tarde, quando já tinha passado 90% da aula, a Cátia
levantou o braço e perguntou ao Senhor Jacinto se poderia ficar mais tempo na
escola. Jacinto, respondeu afirmativamente, dizendo que até podia voltar no dia
seguinte. A dois minutos do final da aula, o senhor Jacinto ouviu a sugestão do
Vasco: podemos fazer um cartaz para divulgar o projeto.
Durante o intervalo, a turma rodeou o senhor Jacinto, pois
todos queriam contribuir com as suas ideias solidárias.
Chegado a casa, o senhor Jacinto pegou no telefone e
concretizou a compra do terreno. Os primeiros passos estavam dados.
No dia seguinte, voltou à escola para ajudar a fazer os
cartazes, mas antes da concretização dessa tarefa transmitiu-lhes que tinha
comprado um terreno que podia ser utilizado para o projeto. Após ouvir algumas
sugestões, o senhor Jacinto lembrou que é importante criar abrigos, mas é,
igualmente, essencial reintegrar essas pessoas na sociedade. Para isso há que
investir na sua qualificação e dar-lhes a oportunidade de descobrirem ou
desenvolverem as suas capacidades e mostrarem do que são capazes.
Surgiu, então, a ideia para a ocupação do terreno: uma
oficina onde se transformaria lixo em arte, uma galeria de arte onde seriam
expostas as obras feitas na oficina e, ao seu lado, uma casa para viverem os
que dela necessitassem.
Satisfeito com a ideia empreendedora, o senhor Jacinto deu
início à obra. Enquanto os alicerces do edifício iam crescendo, o que levou
cerca da terça parte do tempo esperado, pois o senhor Jacinto pagou mais para o
aceleramento das obras, os alunos multiplicavam os seus contactos com artistas
plásticos, para dinamizarem a oficina, e com casas comerciais para oferecerem o
recheio da casa-abrigo. Por outro lado, alguns alunos constituíram uma equipa
de rua, apoiados por alguns professores e encarregados de educação, e
divulgaram junto dos sem-abrigo o projeto que estava em andamento.
Assim, passo a passo, chegou o dia da inauguração, em que a
Galeria de Arte foi aberta ao público já com obras de arte da autoria de um
grupo de pessoas que tinham sido tiradas da rua. Muitos foram os visitantes da
Galeria, sabendo que ao mesmo tempo estavam a contribuir para uma sociedade
mais justa. Mês a mês, o volume de vendas ia subindo e a verba semanal já ultrapassava
a média dos mil euros. Nunca é tarde para ajudar!...
Muitos parabéns, Diana!
Muitos parabéns, Diana!
13.4.17
Desafio à imaginação...do Rafael Raimundo
A partir da ilustração do Rodrigo, o Rafael Raimundo criou a história...
Coisas de Gato
Um dia, o rei Izabo embebedou-se com rum para gato e decidiu
atacar o território do rei Tareco. Isto originou uma guerra mundial. Um gato
chamado Bonifácio apercebeu-se deste problema e saiu do planeta. O gato
Traquinas fechou-se num antigo bunker.
Com a guerra a bombar, nenhum canto da Terra era seguro. A
primeira cidade a cair foi Nova Iorque, seguida de Nova Deli e de Gatomala,
capital de Gatomala, antiga Guatemala.
Em Gashington DC., o gato rei Tareco perguntou ao seu
conselheiro, o gato Gatrump:
- Meu conselheiro, diz-me o que fazer para acabar com a
guerra!
O gato Gatrump, sem hesitar, respondeu:
- Por que não chamar o Gatindiana
Jones para encontrar e enterrar o machado de guerra?
E assim foi. Gatrump foi a Gatindianapólis à procura de
Gatindiana Jones. Infelizmente, ele estava em reunião com Gatcuuck Norris em
nova Nova Jersey e foi para lá que se dirigiu Gatrump.
Chegado à cidade, encontrou Gatindiana Jones num bar a ver um
programa qualquer de televisão.
- Sr. Gatindiana Jones! – chamou Gatrump.
De repente, o bar enche-se de gritos eufóricos e Gatindiana Jones esclarece:
- O gato Cristiano Gatinaldo é o melhor jogador de futebol do
mundo!
Acalmada a euforia de verem Cristiano Gatinaldo, Gatrump
descreve a missão ao aventureiro Gatindiana Jones.
- Só aceito com uma condição!!! – gritou Gatindiana Jones. –
Deixarem-me levar o meu grande amigo James Gatobond.
E assim foi. Os dois amigos forma procurar o machado a Paris.
Revolveram os cantos e recantos da cidade luz e foram à Torre Gateiffel.
Nada…não encontraram o machado.
A seguir foram infiltrados em Hong Kong. Estavam num bar a
beber uns compôs (de água) e arranjaram uma briga. É claro que eles derrotaram
os seus atacantes com tacos de basebol.
Depois foram a Michu Picchu, no Peru. Passaram pelas 7
maravilhas do mundo e mais algumas. Percorreram e vasculharam todos os lugares
do mundo e não encontraram o machado.
- Perdi a esperança! – exclamou James Gatobond.
A esperança nunca está perdida! – disse alegremente Gatindiana Jones – Eu sempre soube com quem está o
machado.
- Onde? – interrogou James Gatobond.
- Não te posso dizer. – respondeu o aventureiro- mas
garanto-te que amanhã já não haverá guerra.
Gatobond foi para casa e Gatindiana Jones para Gashington
DC com um grande plano em mente.
Gatrump estava sozinho em casa, orgulhoso de si mesmo. Tinha
enganado o presidente, Gatindiana Jones e James Gatobond. Saltou para a sua
cama real e pôs-se confortável. De repente, o conselheiro de Tareco ouviu o som
de um vidro a partir-se.
- Apanhei-te, gato mau! – gritou Gatindiana Jones depois de
partir a janela do quarto de Gatrump. Tu tens o machado de guerra! Qual o
melhor sítio para esconder um machado? - disse o aventureiro olhando em sua
volta. Já sei!
Gatindiana Jones saltou para baixo da cama de Gatrump e achou
o machado de guerra.
O aventureiro fugiu para o deserto mais inabitável do mundo.
Quando lá chegou escavou um buraco, pôs lá o machado e tapou-o muito bem.
Depois deste ato, a guerra acabou!
Gatrump foi preso.
Bonifácio voltou à Terra
Traquinas saiu do bunker.
Tareco tinha novamente o domínio total da América e da África
e ia agora condecorar Gatindiana Jones e James Gatobond.
- Tareco!!!!
Tareco acabara de acordar com o grito do seu dono. Já não possuía
a América, a Europa e a África.
Era apenas um gato comum, pois tudo aquilo que ele vivera
durante estes dias não passava de um sonho.
Sonhos, aventuras, domínio de tudo e de todos. Estas palavras
não são meras palavras. Estas palavras são coisas de gato.
Parabéns, Rafael Raimundo!
Rodrigo, estás contente com mais esta a história criada a partir da tua ilustração?
Desafio à imaginação...da Diana Barreto
A partir da ilustração do Rodrigo, a Diana imaginou a história...
A troca
Era uma vez um cão chamado Joel.
Joel era um cão novinho, laranja e brincalhão. Gostava de brincar com o seu
dono Rui ao jogo <<taco>>,
que consistia em o Rui esconder o taco e Joel tinha de o encontrar. Os dois
moravam na cidade de Antuérpia, na Bélgica, pois Rui era emigrante. Rui
encontrara Joel durante a viagem do aeroporto de Andenne para o apartamento que
tinha comprado. Entretanto Rui encontrara emprego no restaurante Trésor, de
comida francesa. Meses depois já tinha uma casa com jardim, no meio da
industrializada cidade.
Um dia, os dois amigos estavam a
brincar ao <<taco>> num jardim público. De repente uma nuvem cobre
Rui e Joel, e deixa-os inconscientes. Quando recuperaram os sentidos, alguns
minutos depois, Joel tinha corpo de humano e Rui corpo de cão, mas cada um
tinha a sua cabeça como antes.
Ficaram em pânico: Rui estava
desorientado, pois não conseguia falar, e Joel não tinha controlo para as mãos
e pés, fazendo com que parecesse um maluco e com que fosse contra uma árvore.
Quando a calma se instalou, respiraram fundo e pensaram como comunicavam antes:
jogando ao jogo <<taco>>.
Jogaram durante horas, embora não
resultasse. Ficaram com fome, mas não sabiam o que fazer: Joel não tinha o
controlo dos membros e tinha cabeça de cão, o que era estranho, e Rui não podia
falar, só ladrar, e tinha corpo de cão. Então decidiram que Joel iria com Rui
ao colo, tapando a cara de cão, e Joel falaria, enquanto Rui abria a boca
fingindo estar a falar.
O restaurante era animado e estava
praticamente cheio. O Rui estava numa mesa central. De qualquer lado, um
cliente podia vê-los . De repente, a água que estavam a beber, formou uma bola
e enrolou-os, metendo-os novamente
inconscientes. Mais tarde, acordaram fora do restaurante com um papel colado na
camisa de Rui: “Les chiens ne sont pas autorisés” (“ Não são permitidos cães”).
Parabéns, Diana!
Gostas da história para a tua ilustração, Rodrigo?
Desafio à imaginação...do Rafael Vieira
A partir da ilustração feita pelo Rodrigo Afonso, o Rafael Vieira imaginou a história...
O Gato Pataroco
O gato
Pataroco era um gato que gostava de viajar no tempo. Ainda não vos disse, mas o
gato Pataroco era muito especial, pois podia falar. Ele parecia estranho, mas
não gozem, pois as aparências não interessam. Como o Capitão América diz:
“Todos somos importantes”.
- Ó meu
Deus, tanto sossego! Estou farto disto! – dizia Pataroco a olhar pela vidraça
da janela.
Jonathan, o
seu vizinho, estava sempre a tentar animá-lo, embora não o conseguisse.
- Ei,
Pataroco! Sou eu, o teu vizinho, abre a janela!
- Não!
- Tenho uma
surpresa para ti!
O gato
Pataroco, assim que ouviu a palavra surpresa, foi rapidamente abrir a porta.
- Então diz
lá qual é a surpresa!
Ao longo
destes anos que somos vizinhos e amigos, nunca te consegui animar, mas hoje vou
animar-te! Tenho a certeza!
- Por quê?
- Porque o
que te trago pode mudar a minha vida e a tua!
- Huummm!
Duvido!...
- Abre a
caixa.
Pataroco
abriu, então, a caixa e ficou a olhar lá para dentro…
- Uau! O
que é?
- Não
adivinhas?! É uma máquina do tempo!
- O quê?
Uma máquina do tempo? Não acredito!
- Acredita,
amigo, é verdade! Podemos viajar para o passado e para o futuro.
- Bora
lá…vamos experimentar!
A máquina
bem pequena era uma bola com um botão vermelho.
- Então,
diz-me lá como é que esta máquina funciona!
- É fácil!
Agarramos na bola, clicamos no botão e dizemos o ano…
Pataroco
pegou na bola e disse:
- Quero
viajar 500 anos para o futuro…
Nada
aconteceu...Pataroco, já amuado, vai para a rua com Jonathan…
- O que é
isto!? Carros voadores!? Afinal funciona!!! – exclama Pataroco impressionado.
- Ei! Olha
para ali! – grita Jonathan apontando apara um prédio com mais de setenta
andares.
- Mas como
é possível? – perguntava Pataroco perplexo com tudo o que o rodeava.
Jonathan
pegou na máquina do tempo e disse:
- Ainda há
mais...leva-nos para o ano 711…
Mais uma
data…mais uma viagem…e o inacreditável aconteceu…
- Uau! Acho
que já estudei isto! – exclamou Pataroco.
- Claro que
já! É a invasão muçulmana na Península Ibérica.
- Uau!
Nunca esperei ficar tão feliz! Obrigado, meu amigo!
- Espera! Tenho
mais para te mostrar! Vamos até ao ano 1986…
E lá foram
eles, mas desta vez a emoção transborda dos seus corações.
O Pataroco
olhou à sua volta…
- Que
beleza! – diz Pataroco em voz baixa surpreendido por estar a ver a cidade onde
tinha nascido.
Mas mais
surpreso ficou quando, ao virar-se para trás, se viu com poucos meses de idade.
- Olá, bom
dia! – disse uma voz doce e amiga.
- Olá! Onde
estão os teus pais? – perguntou Pataroco.
- Estão em
casa!
- Obrigado!
– agradeceu Pataroco que, de imediato, se virou para Jonathan e lhe perguntou:
- Podemos
ir a minha casa?
- Para quê?
- Quero ir
ver os meus pais…
Caminharam,
em silêncio, durante breves minutos. Quando chegaram a casa dos pais de
Pataroco, entraram e lá estavam eles…
Pataroco,
emocionou-se ao revê-los…há muitos anos que não se sentia tão feliz…as lágrimas
saltitavam umas atrás das outras e escorriam-lhe até à ponta do nariz…
- Chega!
Vamos para casa!
- Ok! Vamos
lá!
Pegaram na
máquina do tempo e regressaram a casa. Durante a viagem pelo tempo, Pataroco
refletiu sobre a sua maneira de ser e disse:
- Nunca
mais vou ser desmancha prazeres! Vou ser sempre feliz!
A partir
daí, começou a simpatizar com todos os que habitavam no bairro, fez muitos
amigos, enamorou-se da Pituxa, tiveram dois filhos e todos o viam com um ar
feliz.
Parabéns, Rafael Vieira!
Rodrigo, está parecida com a história que imaginaste?
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