19.3.14

Um poema de Jorge Reis-Sá


 Atendendo à data festiva, Dia do Pai, selecionámos um poema, alusivo ao dia, de Jorge Reis-Sá.



Pai, a minha sombra és tu

A cadeira está vazia, um corpo ausente
não aquece a madeira que lhe dá forma

e não ouço o recado que me quiseste dar
nem a tua voz forte que grita meninos
na hora de acordar
ouço o teu abraço, no corredor em gaia
e os olhos molhados pela inusitada despedida

o sol foge
mas o crepúsculo desenha a sombra que
tenho colado aos pés
ou o espelho, coberto com a tua face

pai, digo-te
a minha sombra és tu.

Neste dia especial, Dia do Pai, escolhemos vários poemas de alguns alunos da turma 5 da E.B. de São Domingos.
Como ilustração dos poemas, optámos por uma pintura de Vicent Van Gogh.

Pai

Meu querido pai
és o melhor do mundo
não quero sentir a dor
quero ir para os teus braços
para me embalares,
para me adorneceres
e leres uma história para mim.
Adoro-te, pai, nunca me abandones!
                                             Madalena


O meu pai

O meu pai é trabalhador,
mas  às vezes falador.

O meu pai veste-se bem
para ir a Belém.

O meu pai está sempre a gritar
para o Benfica ganhar.

O meu pai estuda comigo
porque é muito meu amigo.

O meu pai é inteligente
porque tem uma grande mente.

O meu pai é comilão
e também brincalhão.

Este é o meu pai, sempre amigo
Porque anda sempre comigo.
                                         Martim





Um dia especial

Neste dia especial,
estava atarefado a trabalhar
quando espreitei à janela
encontrei uma capela
e lá me fui deitar a pensar.
Saí da capela
e à minha mãe fui perguntar:
- Que dia é hoje?
A mãe respondeu:
- É Dia do Pai
e a ele um presente tens de dar.
Para a minha secretária, fui trabalhar
para um presente arranjar.
Fiz um mealheiro,
ficou de espantar.
Este presente que lhe estou a dar
é para o estimar.
                                           Rafael V.                     

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