13.4.17

Desafio à imaginação...do Rafael Vieira


A partir da ilustração feita pelo Rodrigo Afonso, o Rafael Vieira imaginou a história...

O Gato Pataroco


O gato Pataroco era um gato que gostava de viajar no tempo. Ainda não vos disse, mas o gato Pataroco era muito especial, pois podia falar. Ele parecia estranho, mas não gozem, pois as aparências não interessam. Como o Capitão América diz: “Todos somos importantes”.
- Ó meu Deus, tanto sossego! Estou farto disto! – dizia Pataroco a olhar pela vidraça da janela.
Jonathan, o seu vizinho, estava sempre a tentar animá-lo, embora não o conseguisse.
- Ei, Pataroco! Sou eu, o teu vizinho, abre a janela!
- Não!
- Tenho uma surpresa para ti!
O gato Pataroco, assim que ouviu a palavra surpresa, foi rapidamente abrir a porta.
- Então diz lá qual é a surpresa!
Ao longo destes anos que somos vizinhos e amigos, nunca te consegui animar, mas hoje vou animar-te! Tenho a certeza!
- Por quê?
- Porque o que te trago pode mudar a minha vida e a tua!
- Huummm! Duvido!...
- Abre a caixa.
Pataroco abriu, então, a caixa e ficou a olhar lá para dentro…
- Uau! O que é?
- Não adivinhas?! É uma máquina do tempo!
- O quê? Uma máquina do tempo? Não acredito!
- Acredita, amigo, é verdade! Podemos viajar para o passado e para o futuro.
- Bora lá…vamos experimentar!
A máquina bem pequena era uma bola com um botão vermelho.
- Então, diz-me lá como é que esta máquina funciona!
- É fácil! Agarramos na bola, clicamos no botão e dizemos o ano…
Pataroco pegou na bola e disse:
- Quero viajar 500 anos para o futuro…
Nada aconteceu...Pataroco, já amuado, vai para a rua com Jonathan…
- O que é isto!? Carros voadores!? Afinal funciona!!! – exclama Pataroco impressionado.
- Ei! Olha para ali! – grita Jonathan apontando apara um prédio com mais de setenta andares.
- Mas como é possível? – perguntava Pataroco perplexo com tudo o que o rodeava.
Jonathan pegou na máquina do tempo e disse:
- Ainda há mais...leva-nos para o ano 711…
Mais uma data…mais uma viagem…e o inacreditável aconteceu…
- Uau! Acho que já estudei isto! – exclamou Pataroco.
- Claro que já! É a invasão muçulmana na Península Ibérica.
- Uau! Nunca esperei ficar tão feliz! Obrigado, meu amigo!
- Espera! Tenho mais para te mostrar! Vamos até ao ano 1986…
E lá foram eles, mas desta vez a emoção transborda dos seus corações.
O Pataroco olhou à sua volta…
- Que beleza! – diz Pataroco em voz baixa surpreendido por estar a ver a cidade onde tinha nascido.
Mas mais surpreso ficou quando, ao virar-se para trás, se viu com poucos meses de idade.
- Olá, bom dia! – disse uma voz doce e amiga.
- Olá! Onde estão os teus pais? – perguntou Pataroco.
- Estão em casa!
- Obrigado! – agradeceu Pataroco que, de imediato, se virou para Jonathan e lhe perguntou:
- Podemos ir a minha casa?
- Para quê?
- Quero ir ver os meus pais…
Caminharam, em silêncio, durante breves minutos. Quando chegaram a casa dos pais de Pataroco, entraram e lá estavam eles…
Pataroco, emocionou-se ao revê-los…há muitos anos que não se sentia tão feliz…as lágrimas saltitavam umas atrás das outras e escorriam-lhe até à ponta do nariz…
- Chega! Vamos para casa!
- Ok! Vamos lá!
Pegaram na máquina do tempo e regressaram a casa. Durante a viagem pelo tempo, Pataroco refletiu sobre a sua maneira de ser e disse:
- Nunca mais vou ser desmancha prazeres! Vou ser sempre feliz!

A partir daí, começou a simpatizar com todos os que habitavam no bairro, fez muitos amigos, enamorou-se da Pituxa, tiveram dois filhos e todos o viam com um ar feliz.

Parabéns, Rafael Vieira!
Rodrigo, está parecida com a história que imaginaste?

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